Ao optar por uma consultoria os administradores de uma empresa precisam de duas certezas: de que há necessidade de reorganização e de que tais mudanças têm mesmo chance de aplicação, após o diagnóstico do consultor. O maior entrave das consultorias interna ou externa é a barreira política imposta pelos próprios gestores da empresa-cliente que, embora tenham contratado o serviço, não aceitam as críticas ou não lhe dão a atenção que deveriam, imaginando que o consultor deva ser a pessoa a aplicar novas diretrizes sem que haja necessidade de intervenção hierárquica.
Isso é um erro. O consultor, baseado em sua vasta experiência, é o profissional capaz de apontar caminhos e soluções baseadas em análises internas e da situação mercadológica, mas ele não é o gestor e nem a pessoa indicada para tomar decisões que interfiram no futuro de uma companhia, ficando as decisões finais ao encargo da chefia. Por isso, o sucesso da consultoria depende diretamente do interesse da alta gerência e da colaboração dos funcionários de todos os setores, uma vez que esses últimos costumam torcer no nariz para imposições. Sabendo disso, dentro da empresa não pode surgir a cultura de encarar o consultor como inimigo, e sim, como um colega de trabalho detentor de uma visão externa e mais apurada do negócio. Dessa forma, todos juntos transformarão rotinas e redirecionarão objetivos em busca do sucesso de um ramo de atividade. Se não for assim, a consultoria fica a mercê do fracasso.
Na hora de contratar
Uma consultoria não pode ser vendida. É a empresa-cliente que sente uma necessidade e vai até o mercado em busca dos consultores. Ao decidir pela contratação, há fatores a serem levados em consideração como:
- De que região serão os consultores — da própria cidade ou de outras regiões.
- A especialidade da qual se necessita.
- Será uma consultoria feita por pessoa física ou empresa.
- Procurar por especialistas em determinado assunto ou de conhecimento geral.
Há que se pensar também na diferença de uma consultoria interna — feita por um funcionário contratado da empresa — para uma consultoria externa — alguém de fora. No primeiro caso corre-se o risco de não aceitação de ideias, uma vez que o profissional se vê respeitando uma hierarquia de comando normalmente avessa a mudanças e batendo de frente na concorrência dos colegas de trabalho que, muitas vezes, optam por não mover uma palha para ajudar por conta de ambições pessoais.
Com a consultoria externa os problemas também existem e as barreiras são difíceis de transpor, mas o profissional não tem relação com a empresa e carrega consigo toda a experiência de consultorias anteriores, o que vai facilitar o diálogo com a chefia e empregados.
Tipos de consultoria
Vamos nos atentar aos dois tipos mais comuns:
- A consultoria por um pacote de soluções já formatadas.
- A consultoria personalizada.
A primeira oferece ao cliente estruturas engessadas, pouco maleáveis e que servem para administração de setores de produção ou para a conquista de certificado ISO. Os resultados são mais perceptíveis em curto prazo, mas ela não é tão procurada por conta das inúmeras transformações tecnológicas que ocorrem o tempo todo. Contar apenas com organização dos setores de produção não garantem as transformações gerencias exigidas pelo mercado nem impedem o surgimento de novos problemas, uma vez que a diretriz administrativa permanece com a mesma mentalidade.
A consultoria personalizada tende a ser mais eficiente porque é contratada pela alta administração. A partir de um determinado problema ou necessidade organizacional para o crescimento quebram-se paradigmas e a empresa passa a trabalhar em um projeto estruturado em métodos e técnicas específicas para o seu universo. Não há um prazo determinado para conclusão, a velocidade do trabalho segue de acordo com as implementações das novas estratégias e a chance de sucesso é bem maior, considerando que a empresa-cliente já identificou que existe um problema a ser sanado e todos os envolvidos estão prontos para absorver novos conhecimentos e para a troca de experiências.
Preparação na área de logística
Na consultoria em logística é realizado o processo completo desde o diagnóstico, planejamento, implantação e acompanhamento do projeto para que a empresa-cliente se diferencie junto a concorrência e se torne mais competitiva. As áreas de atuação são:
- Almoxarifado.
- Armazenagem.
- Produção.
- Expedição.
- Distribuição.
- Transporte.
- As etapas incluem:
- Mapeamento do processo atual.
- Elaboração e apresentação do diagnostico.
- Definição dos projetos.
- Implantação.
- Acompanhamento e avaliação dos resultados.
Esta é uma consultoria que envolve praticamente todos os setores de uma empresa. Para que dê o resultado esperado os administradores devem estar cientes do que significa um trabalho como esse dentro da sua estrutura administrativa e dispostos a seguir com o projeto até a sua implantação final.